A célebre frase de Fernando Pessoa, cantada por Djalma Santos é oportuna e atual, quando a missão é analisar mentes, comportamentos e mutações sociais. De jornalistas a políticos, de empresários a profissionais liberais, há um provincianismo viciante em Campos que puxa não só as pessoas mas a cidade, pra baixo. O pensamento retrógrado, inclusive travestido de moderno é arraigado no seio de parte da sociedade e aprisiona mentes, corpos e almas numa prisão sem grade quase que imperceptível. É em pequenos detalhes que se analisa essa cultura e isso se estende a práticas como voto, roupas, compras, estilo de vida e pose nas redes sociais, sempre na missão de tentar “vender” uma imagem que não corresponde à realidade. Isso é uma cultura nacional, mas em cidades pequenas a incidência por metro quadrado é maior. As cabeças miúdas se batem nas ruas, se amontoam em setores públicos, se reúnem em entidades e se misturam nas entre classes, formando uma província de pensamentos desnutridos cuja evolução parece distante. A dependência do poder público parte disso, também, não por acaso a rede de RPAs e funcionários fantasmas das prefeituras é composta por um bloco de ex um monte de coisa que tentou, não conseguiu e desistiu, e como refúgio encostam nos políticos, visto que na vida já não se veem produzindo nada, mais. São muitos. Reuniões em festividades gastronômicas, feijoadas etc, servem para demonstração de felicidade e plenitude, o problema fica por conta da presença dos gerentes dos bancos, que sabem a realidade nua e crua em que se encontram os mais risonhos, indesejada também é a presença do pessoal das concessionárias de veículos. A sugestão é que vivamos cada um de nós na nossa realidade, assumamos nossa postura com honestidade e tentemos ser nós mesmos, tendo o que todo ser humano deve ter, na vida: uma crença pra viver, um propósito pra levantar da cama e uma luta pra vencer. Fé!