Que país é esse?
Já perguntava Renato Russo há algumas décadas, expondo as vísceras de um Brasil que se achava futurista, mas já se encontrava mais atrasado que a era medieval. Parece que não é diferente nos dias de hoje. Políticos escravizando povos, pessoas e famílias a dependerem deles para as necessidades mais básicas, criando narrativas sobre cuidados com a Amazônia, sendo sócios dos madeireiros, discurso furado sobre o Clima promovido por aqueles que usam o tema apenas para criar normas e manutenção de poder, enquanto isso alas ideológicas acreditam piamente que seus “deuses” são os donos da razão.
Por outro lado o falso moralismo, a pregação da moral e dos bons costumes por aqueles que, quando apaga a luz, fazem coisas que até Deus duvida. Mas continuam fazendo o sinal da cruz em frente à igreja e achando altamente ridículo e pernicioso os jovens irem no show de Madonna, sendo que na adolescência eram os últimos a saírem da “boneca do Valdir”, se é que saíram. A vestimenta da moralidade exacerbada serve, e muito, pra esconder atos que se forem revelados, escandalizam até os mais pervertidos. Aliás, a vida inteira os maiores julgadores são, geralmente, os mais perdidos, que o fazem justamente para esconder seus pecados de estimação.
Enquanto isso a tragédia no RS serve para desmascarar tanto um governo federal que mal faz o que não é mais que sua obrigação, quanto os que inventam e mentem afim de desmoralizar quem tá fazendo alguma coisa. Ver o presidente da República fazendo palanque político em cima do sofrimento alheio é de sangrar a alma, promovendo movimentos perversos e comprovando a insensibilidade que sempre lhe foi peculiar, enganando apenas os fanáticos que comem qualquer alimento que vem de lá. A dúvida é, de onde vem a maior decepção, de quem promove as bizarrices políticas, ou de quem acredita nelas? A pergunta da antiga banda de Rock se faz muito atual…