O Brasil foi bombardeado nas últimas semanas por uma enxurrada de vídeos e críticas a um jovem de 15 anos, chamado Miguel Oliveira e conhecido como “pastor mirim”, que nos últimos tempos tem rodado o Brasil pregando o evangelho de Cristo, mas na linha da “teoria da prosperidade”, como que numa mistura de igreja universal com assembleia de Deus, no estilo “reprepré”. Pra quem não conhece as manifestações e a dinâmica de louvor a Deus em igrejas evangélicas, sobretudo nas que tem louvores chamados “corinhos de fogo”, se espanta, mas trata-se simplesmente da evocação do espírito santo de Deus, como a própria Bíblia relata momentos em que homens, tomados pelo mesmo espírito, dançam e falam em línguas estranhas. “Falar em línguas” é o momento de uma comunicação secreta e pessoal com Deus, momento em que o diabo, o inimigo ou o que quer que queira se chamar, não consegue compreender o diálogo, não é capaz de detectar o que está sendo dito. Na época de Jesus, esses homens também foram chamados de loucos.
O fato que chamou a atenção das pessoas e culminou nessa onda de críticas, em verdade, não foi a pregação, não foram as línguas estranhas, que inclusive resultou no empobrecido Conselho Tutelar proibir o menino de pregar, foi a quantidade de visualizações que o menino teve e o “sucesso” repentino que ele alcançou, sendo convidado a pregar no país inteiro. E o que mais espanta as pessoas, sobretudo as que pregam contra a igreja, é a quantidade de pessoas que podem se converter através da vida do garoto, a verdade é que o inferno se levantou contra o menino pelo fato de ele poder atingir uma quantidade absurda de jovens da loucura que o mundão oferece, jovens esses que são alvo preferido tanto do inimigo quanto da mídia em geral, que fomenta a pornografia, a promiscuidade, a prostituição, a liberação de drogas e tudo o que há de mais pernicioso no mundo. É a briga do céu contra o inferno e basta ter um mínimo de entendimento espiritual pra fazer essa leitura. Afinal, quase ninguém está preocupado com a quantidade estupenda de meninos iguais a ele nas bocas de fumo e na prostituição exacerbada em bailes funk etc.
É fato que a quantidade de charlatão espalhados nas igrejas é absurda, da católica às diversas outras, e esse estilo dele de solicitar oferta de um jeito um tanto extravagante chamou mais atenção do que qualquer outra coisa, afinal, há um grupo mais preocupado com o dinheiro das velhinhas nas igrejas do que com as velhinhas que acabaram de ser assaltadas em mais de 90 bilhões de reais por um grupo de vagabundos intitulados de “governo”. Essas pessoas se escandalizam com Miguel, mas se calam com esse e outros assaltos que acontecem à luz do dia. Esse escritor que vos fala, não está validando a turnê do pastor mirim como sendo algo a ser seguido e copiado cegamente, mas se eu tivesse um filho preferiria mil vezes ele estar pregando numa igreja do que estar fumando maconha num baile funk, prestes a brotar de pistola na boca de fumo com os parça. Não apostaria minhas fichas que ele não seja um charlatão mirim, mas o que me chama a atenção é essa escala de valores invertida, de gente que está revoltada com Miguel mas ignora a quantidade de jovens morrendo e se perdendo em toda sorte de azares, sem contar a alta explosiva no número de jovens em depressão, se suicidando e sofrendo todo tipo de ataque não só do inimigo, mas também dos “amigos”.
Vigia, varão, vigia…
4 Comentários
Não tinha parado para analisar sob essa ótica, tem sentido, porém não dá para aprovar um menino tão novo agindo como se adulto fosse- fazendo escolhas- e pedindo dinheiro aos crentes, usando o nome de Deus pra isso. Os pais são tão falhos quanto ele é “ espertinho” .
Não tinha parado para analisar sob essa ótica, porém não dá para aprovar nem aturar um menino tão novo agindo como se adulto fosse- e fazendo escolhas erradas- pedindo dinheiro aos crentes, usando o nome de Deus para isso.
Os pais são tão falhos quanto ele
é só mais um “espertinho” nesse meio ….
Perfeito meu amigo! Concordo com cada palavra que vc escreveu, penso igual. Parabéns.
Olá Marlon Guido, sou pastor evangélico, me converti em uma Assembleia de Deus, posso dizer do pentecostalismo clássico,e não deste pentecostalismo que as vezes as redes sociais mostram.
Bom, li todo o seu texto e quero te parabenizar pela excelência em suas palavras!
Parabéns!
Pr Célio Marins.