A discussão sobre a “liberação da maconha” está em alta, em baixa, mesmo, estão as informações sobre a questão. Aliás, em tempos de fanatismo político e doença ideológica, vigora o que os “deuses” vendem, sejam os de cor verde amarela, seja os de cor avermelhada. Não é de se espantar que beira a imbecilidade o que se fala sobre, triste é quando se vê autoridades destoando o assunto e o propósito do debate.
A propósito, antes mesmo de o Supremo Tribunal Federal (STF) bater o martelo sobre a questão, algumas perguntas precisam ser feitas, se é que a capacidade de raciocínio ainda existe fora da bolha ideológica. A primeira delas deve pairar sobre o próprio sistema prisional e seus resultados. O tema delicado e as pessoas evitam falar, seja por medo de externarem o que pensam, seja por cansaço antecipado de discutir com quem não tem nada a acrescentar.
Algumas das perguntas chave são: você concorda que um homem seja julgado, condenado e preso por portar mera quantidade de maconha? Esse é o primeiro ponto. Segundo: o tempo que ele ficar preso vai causar alguma regeneração no indivíduo, é o que tem acontecido com quem adentra ao sistema prisional brasileiro? Pois muito se fala que a cadeia é uma espécie de universidade do crime. Ou seja, antes de discutirmos qualquer assunto que preceda a questão prisional, precisamos discutir o próprio sistema, ora bolas.
Fato é que, quem for pego seja com um cigarro de maconha ou alguma pequena quantidade, vai ser dirigido(a) à delegacia e sair fichado, assinando um Termo Circunstanciado e gravando seu nome no rol de pessoas com passagem na polícia, enfrentando, assim, uma série de restrições quanto a empregos, concursos etc. Acho melhor pensar duas vezes antes de sair fumando por aí, ou, achando que a maconha tá liberada.
1 comentário
Muito boa reflexão, palavras cirúrgicas e necessárias.