O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo do Rio de Janeiro, o Tribunal de Justiça do estado, o Ministério Público e a Defensoria Pública apresentem novas informações sobre a operação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, em 28 de outubro, que resultou em 121 mortes. Atentemo-nos para o fato de que, a quantidade de mortes coincide com a quantidade de fuzis apreendidos, a princípio quero acreditar que todo mundo que está lendo essa matéria saiba o que é um fuzil, né?!
Como relator temporário da ADPF das Favelas – uma espécie de proteção judicial para vagabundos, medida responsável, inclusive, pelo crescimento exponencial do crime no estado do Rio e da tomada de território por parte dos bandidos – Moraes destacou contradições entre dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e outras instituições, e pediu documentos para esclarecer o caso. Ele quer garantir o cumprimento das normas de proteção aos direitos humanos em operações nas comunidades. Ou seja, nitidamente ele está mais preocupado com quem tomou a livre decisão de estar no morro portando uma arma de guerra do que com as famílias oprimidas por eles. Isso sem a menor desfaçatez.
Entre as medidas exigidas estão:
- Preservação e envio das imagens das câmeras corporais dos policiais, traduzindo, ele está afoito para prender policiais que participaram da operação;
- Cópias dos laudos necroscópicos com registros fotográficos e identificação de projéteis, leia-se, todo zelo do mundo com os bandidos, e os policiais mortos, nada, acredite se quiser;
- Relatórios de inteligência que embasaram a ação contra integrantes do Comando Vermelho, diga-se, o protetor da facção no judiciário, pelo menos é a impressão que enorme parte da população hoje está;
- Listas de presos e mandados cumpridos durante a chamada “Operação Contenção”, no intuito, claro, de difamar a operação com a mídia do CV que joga junto;
- Relatórios de audiências de custódia, laudos do Ministério Público e informações sobre o acesso da Defensoria Pública às provas e às famílias das vítimas, enquanto ele mesmo cerceou vários advogados de pais de família na tal “trama golpista” que eles inventaram.
O ministro também marcou uma reunião no STF com o procurador-geral da República, Paulo Gonet (rs) e os procuradores-gerais dos estados, seguida de um encontro com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar do projeto de lei antifacções.
Em nota, o governo do Rio afirmou estar “pronto para colaborar com as autoridades” e garantiu que todo o material solicitado será entregue.
A administração estadual ressaltou que as imagens das câmeras corporais, usadas desde 2021, são armazenadas por um ano e ficam disponíveis para o Ministério Público e a Justiça. É fato que ninguém pode tripudiar da dor das famílias que perderam seus filhos, netos ou irmãos, familiares que sempre oraram por esses que decidiram entrar pro crime, mas que podiam se ressocializar – não com um governo federal dessa estirpe, que beneficia o crime – mas as famílias, em si, não podem ser desrespeitadas, afinal são mães, pais, irmãos que sempre acreditaram na ressocialização daqueles que lá entraram, mas por outro lado é preciso aceitar o fato de que, quem entra para essa vida só tem dois caminhos: cadeia ou cemitério, isso é dito pelos nossos antepassados há anos, e é uma verdade incontestável. E mais triste que isso são as famílias que vivem reféns desses caras, tendo suas filhas assediadas por eles, algumas até mortas quando se recusam a se relacionar com algum deles, como houve esses dias no Rio, de novo. Portanto, não é hora da justiça nem da Polícia amolecer para esses caras, a título de, daqui há muito pouco tempo, todos perdermos nossa própria liberdade. Reflita…
