Sendo bem direto, quanto às questões políticas, não há nada definido no tabuleiro do Rio nem do país. E diga-se de passagem isso é algo que nos prejudica e muito. Mas, antes de adentramos ao assunto, gostaria de lhe agradecer a presença, aqui, que é sempre sinal de prestígio, pra mim. Agora, vamos ao tema. Não há como mensurar o quão prejudicial é, pra gente, a indefinição política no nosso estado e no país. Isso afasta investimentos, nos coíbe de fazer planos e as incertezas afetam não só o mercado, implicando em alta de preços e flutuação cambial, como também na desvalorização do que já construímos até aqui, seja em termos de patrimônio seja em sede de negócios, que temos. Qualquer que sejam nossas ideias futuras, elas passam pelas definições políticas e pelas decisões que serão tomadas pelos atuais e próximos mandatários. No âmbito do governo federal, por exemplo, os preços de quase tudo o que consumimos e a política de segurança, passa por lá, portanto, não dá pra ignorar quando o assunto é comida e a sensação de insegurança que nos acomete a todos.
No Rio de Janeiro, nosso estado, as incertezas passeiam sobre as candidaturas, quem serão os candidatos, o que tem eles a nos propor, que projetos tem para o estado e o quanto terão viabilidade para implantá-los. O ideal é que cada eleitor(a) não apenas ouça as propostas e ideias das candidaturas, mas entenda a possibilidade de realização das mesmas. É como se a gente fosse alugar um imóvel nosso para alguém e se fizesse necessário promovermos uma mera contabilidade sobre o negócio do locatário para entender se haverá capacidade de pagamento, ou não. Na política, não adianta dizer o que se vai fazer, apenas, mas como o vai. Embora dívida pública, que por sinal aumenta vertiginosamente, capacidade de investimento, desenvolvimento humano e social e crescimento do PIB não sejam assuntos de grande relevância para as massas, é isso que dita o preço do pãozinho que todo mundo come de manhã, no café, que aliás, é uma das bebidas que está quase virando iguaria.
As dúvidas que estamos, que vão contra as certezas que precisamos ter para as tomadas de nossas decisões, precisam se encontrar, primeiramente, com o perfil de político que queremos decidindo sobre nós e dirigindo os fatores que importam diretamente a nossa vida. A liberdade econômica, o livre mercado e o conceito certo de meritocracia, por mais injustiças que existam em todos os setores e situações do mundo moderno, são sempre os melhores caminhos a seguir quando o assunto é nos desenvolvermos e possibilitarmos às pessoas a se desenvolverem. A ideia de se criar cada vez mais pessoas dependentes das benesses do Estado, ao invés de terem o poder de prover sobre suas próprias vidas é sempre o caminho tirânico idealizado por quem pretende se aposentar no poder. Afinal, o populismo e o falso mantra de “tirar o pobre da pobreza” sem que seja ele fazendo por ele mesmo, estão sempre ligados a realidade de, na verdade, escraviza-lo na miséria. Não seja tolo(a) a ponto de cair nessa.