A fome, desde que o mundo é mundo ainda é o maior mal que testemunhamos. Mas a fome que vamos abordar aqui nessas palavras que se seguem é a fome de poder, que é justamente a fome que causa a fome alimentar, a falência do Estado e assola as pessoas nas mais variadas áreas da vida. Aliás, o assunto do momento é 2026. Não bastasse estarmos na idade da pedra em dezenas de assuntos e situações corriqueiras na cidade, no estado e no país, com pendências das mais básicas como saneamento, plano de ação nas áreas de desenvolvimento humano, econômico e financeiro, os bonecos de Olinda já estão se “articulando” – como eles gostam de dizer – para a próxima eleição. Um presidente cansado – coitado – se embolando com o que e até com o que fala (esses dias disse que caberia 24 milhões de pessoas num estádio de futebol). O governador do Rio, Cláudio Castro, ainda que não confesse, anda bem temeroso quanto à questão econômica e financeira do estado, bem como da segurança pública, se é que podemos chamar de “segurança”.
Já o nosso prefeito, aqui, da famosa e triste Campos dos Goytacazes, ainda que com alguns sinais de avanço, anda pestanejando quando o assunto é, de fato, ajudar a desenvolver as pessoas desse município, mas desenvolver, mesmo, libertar a mente, a alma e o espírito dos cativos, educando-os no sentido de saberem que somente o trabalho e o emprego digno são portas verdadeiras para a dignidade de qualquer pessoa. Enquanto isso os súditos do prefeito fazem projeções dele com Eduardo Paes, coitado, projetando Wladimir como vice governador de um estado, enquanto a cidade ainda não tem norte definido em dezenas de áreas como saúde e outras pastas básicas.
Muitas vezes o problema de “enxergar lá na frente” é esse, deixa-se de ver o agora, os problemas atuais e abrir-se legitimamente os fóruns de discussão com quem pode ajudar a resolver as demandas. Enquanto isso, os meninos recém saídos do vídeo game brincam de comandar a população, dizendo-se cuidar das pessoas quando não cuidam nem de si mesmos. É de uma pachorra tremenda o que acontece nesse país, sobretudo, como escrevi há poucos dias, por estarmos na era dos políticos “tiktokers”, que são dos mais sem graça possíveis mas insistem em fazer gracinha na internet pra se mostrarem populares e engraçadinhos. Infelizmente, no meio desse circo todo, quem está fazendo o papel de palhaço somos nós, trabalhadores. Até quando?