Acredita-se que cada vez mais as pessoas estão que enxergando que a falta de vergonha na cara pode ser alocada tanto no campo da direita quanto da esquerda. Na verdade esse papo parece tão infantil quanto oportunista. Dois grupinhos arrebanhando súditos a manter-lhes no poder à custas de uma briga ideológica sem efeito prático quase nenhum na vida, na geladeira e na dispensa da população. A bem da verdade, historicamente os pilantras são encontrados em todos os cantos da terra, inclusive nas igrejas, onde deveria ser o local da busca mais sincera pela virtude, a honestidade e a santificação do espírito. Na política, adotou-se, de pouco tempo pra cá, a ideia de que aquele que está vestido de verde e amarelo é honesto (rs), aquele que ostenta em suas redes sociais: “Deus, pátria e família”, é o famoso “cidadão de bem”. Acontece que, não raras as vezes, esses ditos cidadãos são piores que os aloprados vermelhos, pois o dinheiro que eles desviam com suas empresas, seus conchavos e seus variados esquemas dão o mesmo prejuízo ao povo que padece de oportunidade, de tratamento na saúde, do alimento na creche, no desenvolvimento, a diferença é que esse saqueador o faz sob o manto da moralidade, e coloca Deus na frente, como que purificando seu ato impuro, insano tanto quanto qualquer mensalão ou algo do tipo. Contudo, ainda bem que estamos testemunhando pessoas enxergarem cada vez mais essa camuflagem e entendendo que, vergonha na cara não tem cor, e a falta dela pode pairar no campo dos mentirosinhos vermelhos ou papagaiados. Além disso, devemos sempre estar muito acima de apenas dois candidatos, dois lados, e sermos disruptivos em pesquisar e buscar o que há de melhor e nos superarmos nisso, a fim de alcançarmos o cume da virtude, da boa administração e do alcance da verdadeira justiça social. Esse deve ser o dever de todo cidadão, do bem.